Mas e amanhã?

“Convivemos todo dia com a violência. Hoje foi com a minha filha.  Mas e amanhã?”

(O DIA) 11/05/2016 13:31:25 – Atualizada às 11/05/2016 15:03:04

Palavras de Jane Klea Gonçalves dos Santos ao saber que sua filha passa bem depois de ser baleada na estação de trem em Bangu.

O tiro que tirou a vida da jovem na linha amarela num arrastão, ou o que matou uma adolescente numa troca de tiros entre bandidos no morro do juramento…dentre tantos  vem nos desafiando a cada dia. O que fazemos?

Ficamos indignados, mas no entanto, respiramos aliviados (por não ter sido com um parente ou um amigo próximo)  e  tratamos isso como uma fatalidade!!!

– Você só não pode estar no lugar errado na hora errada. Diz um amigo policial.

Ora, o ” lugar e horas erradas” são  dimensões do espaço/tempo onde o fio da vida encontra seus momentos mais dolorosos: Um piano de uma mudança despencar na sua cabeça, ser atropelado por uma bicicleta considero fatalidades…

NO ENTANTO, LEVAR  UM TIRO DE FUZIL DE ADOLESCENTE DROGADO NÃO É UMA FATALIDADE!!!

Por mais que  se diga  algo nessa hora, o verdadeiro sofrimento, será apenas dos parentes e amigos próximos de quem foi submetido a uma  “fatalidade”. Enquanto isso o tambor da arma dessa roleta russa, que se tornou nossa realidade,  gira mais uma vez.

Pena é que estamos tão próximos, só na Cidade do Rio de Janeiro são mais de 5000 habitantes por km (quadrado), no entanto, sofremos de maneira isolada, porém permanente.

 

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