Quando íamos jogar uma partida de futebol no campo, quadra, etc., havia um ritual bastante interessante.
A escolha dos jogadores dos times…
Na maioria dos casos, haviam mais gente que o necessário.
Para isso recorríamos ao bom e velho “par ou ímpar”.
Aquele que vencesse escolheria primeiro jogador, o que perdesse escolheria o segundo jogador de maneira alternada até sobrar…
Simples, não???? Não!!!!
O problema é que ninguém queria sortear o par o ímpar e ficávamos num jogo de empurra…
– Não vou disputar o par o ímpar.
– Nem eu!!!
– Eu não estou afim.
– Escolhe outro…
Ninguém se prontificava.
Por que isso ocorria???
Um pouco de vaidade e política podem explicar.
Pois bem, é na escolha que sabíamos o nível de prestígio diante dos colegas. Ser escolhido em primeiro, segundo, terceiro lugares chancela o respeito.
Os últimos a serem escolhidos tinham dois caminhos: ou eram goleiros (quantos bons goleiros iniciaram a trajetórias assim) ou pior, ficava “ficava de fora”.
O futebol é algo muito além de um jogo.
Nele exercitamos:
– Solidariedade: quando voltamos para ajudar a defesa.
– Resignação: quando compreendemos nossa derrota.
– Superação: quando conseguimos vencer um time mais forte.
– Mágoa: quando não merecíamos perder.
Além de um turbilhão de sentimentos como: alegria, tristeza, violência, medo, coragem, etc.
Tudo isso em poucas dezenas de minutos.