Todos viram que foi um gol ilegal, os jogadores partiram para cima do árbitro, o locutor esbravejou horrores, o comentarista ficou enfurecido, a galera, a cada reprise do lance, chamava o juiz de tudo quanto é nome. Foi um assombro de ilegalidade é verdade, mas não teve jeito. O gol foi legitimado.
O que nos restou fazer? Aceitar essa injustiça, pois o “assoprador de apito” é ungido pela regra. Ele tem soberania e pode decretar, segundo suas convicções, o que deve ou não ser validado e cabe aos jogadores, torcedores, etc: Aceitar, a regra é clara!!!
Pois bem, penso que isso tudo torna-se um grande exercício para assimilar as mazelas da nossa realidade. Sim, é que dentro do nosso universo simbólico, essas “injustiças” vão sendo incorporadas e se transformam num tipo de resignação coletiva.
Quantas violações de direitos presenciamos diariamente? Inúmeras!!! Mas o que fazemos? Ficamos indignados, mas aceitamos porque aprendemos a aceitar.
Bom, e os torcedores que foram agraciados com a injustiça? Boa parte assume uma postura hipócrita e enumeram momentos em que foram injustiçados para celebrar a vitória sem nenhum escrúpulo.
E assim uma partida de futebol pode assumir um papel didático no sentido reforçar dois terríveis comportamentos do nosso povo: O conveniente cinismo e A passiva resignação.
E quanto aos nosso políticos?
Eles continuam a fazer “gol de mão” diante do torcedor…perdão…diante do povo brasileiro.
Antes de qualquer patrulha, sou Vasco!
PROF. LUCIANO MANNARINO.
Excelente.
Bela leitura
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Valeu meu amigo.
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