A fagulha e o começo da nossa “Primavera Árabe”

         Em dezembro de 2010 Mohamed Bouaziz se recusou a pagar propina para que fiscais corruptos o deixassem vender suas frutas na banca de camelo que mantinha no subúrbio de Túnis (capital da Tunísia). Bouaziz teve sua mercadoria apreendida e voltou para casa amargurado sem como ter o sustento sua família. Tentou reaver tudo que lhe foi tomado no dia seguinte, mas o governo não lhe deu ouvidos.  Impotente, num ato de desespero, ateou fogo no próprio corpo e veio a falecer num leito de um hospital. Esse gesto desencadeou uma onda de revoltas alimentada pelo ódio que a população tinha de seus governantes. Dois meses depois caiu uma ditadura que estava no poder desde 1987. Esse evento se espalhou por todo o oriente médio e ficou conhecido como a “Primavera Árabe”.

          Pois bem, basta você olhar no rosto das pessoas, quando saímos as ruas, as marcas da revolta, do ódio, do rancor contra nossa trágica realidade e que isso só não se transformou numa explosão de revoltas pela falta de uma fagulha . Digo isso porque fagulhas nós temos diariamente, porém elas não se transformam num imenso incêndio porque nossos governantes contam com a prostração, a indiferença e alienação do nosso povo. Não há um dia em que eles não agredecem a isso.

          A “Primavera Morena” é questão de tempo…ou não?

      Cabe registrar aqui que, as consequências da “Primavera Árabe” vão de países de iniciaram um ciclo democrático: A Tunísia, até países que mergulharam numa carnificina que dura até os dias de hoje: A Síria.

 

PROFESSOR LUCIANO MANNARINO

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