Por não lutarmos contra nossos reais inimigos, delegamos a “hollywood” a tarefa de construir uma narrativa onde seres sobrenaturais lutam contra terríveis ameaças que encontram eco em nossas omissões. Sim, nossos heróis não brigam contra seus inimigos apenas. A batalha é muito mais profunda e por isso que a vitória apoteótica no final do filme nos redime.
Saímos do cinema em direção as nossas casas sabendo que não teremos a ajuda do Homem de Ferro, Thor e nem do Capitão Nascimento para nos defender no trajeto, mas fomos vingados no plano simbólico. E hoje em dia, parece que é o que importa.
Já dizia Brecht. “Infeliz a nação que precisa de heróis”
PROFESSOR LUCIANO MANNARINO
