A ocupação da região que chamamos de Estado do Amazonas remonta milhares de anos antes da chagada dos europeus, mas devemos ao frei espanhol Gaspar de Carvajal o nome do atual Estado. Conta a história que a expedição, da qual o religioso participava, foi atacada por índias que lembravam as mitológicas guerreiras.
Até o fim da União Ibérica a Espanha tinha forte domínio, consagrado pelo Tratado de Tordesilhas sobre a Amazônia, porém a perda dos principais empórios asiáticos e as inúmeras investidas de franceses, holandeses e ingleses sobre a região precipitou o processo de ocupação portuguesa que culminou com a criação da capitania de São José do Rio Negro em 1755. Pouco a pouco as missões espanholas foram substituídas por missões lusitanas na bacia amazônica e elas deram origem a algumas das principais cidades que se projetam a beira de rios no Estado hoje. O extrativismo vegetal (destaque para o cacau uma das “drogas do sertão” no final do século XVIII) se tornou uma das principais atividades econômica, pois as missões religiosas pareciam mais grandes entrepostos comerciais do que lugar de oração.
Em 1850 o Amazonas se tornou uma província autônoma (se desligou da província do Grão Pará logo após a Guerra das Cabanas), mas é no final do século XIX que a região sofreu um grande surto de desenvolvimento com a valorização da borracha no mercado externo. O Estado viu sua população passar para centenas de milhares de habitantes em poucas décadas, destaque para chegada de nordestinos.
O ciclo da borracha teve vida curta e logo após a região observou um processo de decadência econômica que se manifestou num isolamento em relação ao centro sul brasileiro até a década de 1960 quando se tornou estratégica para os governos militares (1964-1985) dentro da política do “Integrar para não Entregar”.
A SUDAM E SUFRAMA viabilizaram criação de enclaves industriais e mineralógicos ancorados em vultosos investimentos Estatais em infraestrutura como: rodovias, ferrovias, hidrelétricas, etc. no mesmo momento em que a fronteira agropecuária avançava para o Estado. As últimas décadas marcam diversos conflitos de territorialidades que vem impactando de maneira dolorosa na exuberante floresta equatorial.
Correções serão bem vindas!
PROFESSOR LUCIANO MANNARINO
BIBLIOGRAFIA
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