“Penínsulas” da Europa
Até nossa industrialização plena (primeira metade do Século XX), o Brasil exibia zonas econômicas que estabeleciam uma relação direta com o mercado externo. Elas representaram a expressão do processo de mercantilização imposto pelos portugueses. Foi nesse contexto que surgiram as primeiras aglomerações urbanas que se tem notícia.

As regiões produtoras apresentavam uma dupla dependência em relação ao mercado externo – a colônia não havia alcançado um desenvolvimento industrial que exigisse a integração do mercado consumidor e era no mercado europeu que estavam nossos principais consumidores de produtos explorados.
Cada “ilha econômica” valorizou uma determinada porção do território e os meios técnicos ali instalados ficaram submetidos a demandas externas ou a limitações de sua exploração. O caráter mercantil gerou uma transformação cíclica (começo, apogeu e declínio) de porções do nosso espaço geográfico. É possível compreender o surgimento das “Cidades do Ouro” sem o ciclo da mineração?
Fonte: Território e sociedade no início do Século XXI -Milton Santos/María Silvera
“Homens, plantas e animais de três continentes, sob o império dos europeus, encontraram-se e, no seu convivo obrigatório, criaram uma geografia nessa porção do planeta”
(MS)
Questões
Por que o Brasil, até sua industrialização plena, apresentava zonas econômicas voltadas diretamente para o mercado externo? Como isso impactou o desenvolvimento interno do país?
Como o ciclo econômico de mercadorias exportadas (como açúcar e ouro) moldou as primeiras aglomerações urbanas no Brasil? Quais características essas cidades tinham em comum?
Explique o conceito de ‘ilhas econômicas’ no Brasil colonial. Quais eram as consequências dessa fragmentação para a integração do território?
Por que a dependência em relação ao mercado externo impedia o desenvolvimento de um mercado consumidor interno no Brasil colonial?
Como o caráter cíclico das economias exportadoras, como o ciclo do ouro, afetou o crescimento e declínio de determinadas regiões do Brasil?
De que maneira o ciclo da mineração gerou uma transformação espacial no Brasil colonial? Como as cidades que surgiram nesse contexto eram organizadas para atender às demandas externas?
Por que as regiões produtoras no Brasil colonial tinham uma dupla dependência em relação ao mercado externo? Como essa dependência limitava o desenvolvimento tecnológico local?
Como o esgotamento dos recursos minerais, especialmente o ouro, contribuiu para o declínio das cidades mineradoras? Qual foi o impacto disso na economia da colônia?
De que maneira o mercado europeu moldou as estruturas econômicas e urbanas do Brasil colonial? Quais eram as principais demandas europeias durante o ciclo do ouro?
Como podemos relacionar o surgimento das “Cidades do Ouro” com a exploração predatória dos recursos naturais? Você acha que esse modelo ainda afeta o desenvolvimento de algumas regiões do Brasil atualmente?
Prof. Luciano Mannarino
ECONOMIA DE ARQUIPÉLAGO (vídeo e atividades)
CONSIDERAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO (vídeo e atividades)
BNCC – ENSINO MÉDIO – COMPETÊNCIAS E HABILIDADES EM MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGI