Reflexões sobre a perda de um aluno para o crime…
– O jovem, destituído de laços familiares e fragilizado pela falta de perspectiva, é facilmente cooptado por facções criminosas. É o “soldado” perfeito: Obediente, determinado e disposto a lutar em nome do “clã” que o acolheu.
– O crime permite o acesso a armas e com elas o poder, o prestígio que nunca teve até então. Pode-se obter um harém ao desfilar armado pela comunidade. É um poder tirânico, mas pouco importa.
– Sua vida se tornou uma aventura efêmera e persebe isso ao contemplar o destino dos seus novos amigos. A estratégia é sobreviver até o próximo final de semana onde o ” batidão” é ouvido como um mantra redentor nos bailes.
– O ímpeto, a audácia, a inquietação, a energia, inerente a juventude, são barbaramente canalizados para essa perversa lógica de vida. O crime torna-se um triturador de expectativas.
– Quando precisam se capitalizar recorrem a arrastões, homicídios, roubos, furtos, etc. E é nesse momento que nossos destinos se cruzam de maneira dolorosa numa tragédia anunciada, porém ignorada por acharmos que as “fatalidades” só acontecem com os outros. Nossos universos são desiguais, porém entrelaçados.
– Sua vida se resume a lutar contra inimigos mortais: facção rival, polícia/milicianos dentro do seu pequeno universo. Uma luta que alimenta seu ódio e o cega. Seu destino é selado, alguns meses depois, e ele se vai antes ter a consciência dos seus reais inimigos e dos erros cometidos.
– E isso não se constitui problema para a facção criminosa. Encontrar novos “irmãos’ não é difícil, pois as comunidades são verdadeiros celeiros de expectativas ou não. A sua arma procura outro dono, cúmplice, algoz e vítima.
– Inicia-se a nossa luta…
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A sequência acima foi colocada de maneira intencional para demonstrar o início o meio e o fim de uma expectativa…
obs. participe do meu site: geoverdade.com
abraços a todos..
Ótimo texto professor!
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Obrigado. Divulgue!
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