Os governos do PSDB levaram o “paulista” FHC, carioca que fez sua carreira política em São Paulo, ao poder depois da redemocratização do país. Era a consolidação do Non Ducor Duco. No entanto, a experiência Neoliberal não disse ao que veio e a rejeição foi incontornável abrindo espaço para outro “paulista”. Lula, nordestino que também fez carreira política em São Paulo, governou dois mandatos mesmo com projeto político que não atendia todos os anseios bandeirantes, mas o estado permanecia no controle político do país. Já a mineira Dilma só sobreviveu um mandato e o “incômodo” da sua reeleição foi desastradamente resolvido, São Paulo liderou a campanha pelo Impeachment, para ascensão do vice presidente: O tietense Michel Temer. Hoje, diante da eleição de 2018, o estado tem amplas chances de se ver no poder através de vários candidatos: Alckmin, Bolsonaro (fez carreira política no Rio de Janeiro), Fernando Haddad/Lula, até o Ciro Gomes (fez carreira política no Ceará). Talvez, no final das contas, nuances políticas podem ser reconsideradas desde que um paulista, “puro” ou não, esteja de maneira direta ou indireta conduzindo o destino do país.
Luciano Mannarino
.