
– A máquina é fabricada na China pela francesa Arno (Sim, não é mais brasileira) com algumas matérias primas do Brasil.
– A Dolce Gosto pertence ao grupo suíço Nestlé (não existe nenhum pé de café nesse país)
– O produto ē produzido e exportado através da filial Italiana (com café verde plantado no Brasil)
O que me estranha é que devemos compreender essa realidade como fruto de um processo de competitividade onde nosso país não soube aproveitar as chances que dispunha para uma inserção mais soberana no comércio mundial e mais nada???
Qualquer análise sobre nossa soberania econômica deve levar em consideração o papel de grandes grupos empresariais e países que se beneficiaram e se beneficiam da nossa condição de exportador de matéria prima e consumidor de bens industriais.
É possível reverter essa condição não tendo soberania sobre nossas riquezas???
É possível refletir sobre isso sem ser chamado de chamado de comunista, bolivariano, marxista???
Prof Luciano Mannarino
Ótima reflexão professor. Sempre nos deparamos com as situações, condições, estruturas que consideramos desiguais, injustas, além da falta de autonomia de posse e uso dos recursos, seja por pessoas, grupos e coletividades, sociedades ou países. Os instrumentos de análise para essas questões não podem deixar de fora a mais valia produzida no cerne do sistema capitalista, e todas suas derivações e implicações. Há muitos caminhos para isto. Mas, como dissestes, qual um desses caminhos, hoje, tem sido constantemente demonizados. São pensamentos “perigosos”, mas, ainda altamente necessários. Grato.
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A relação centro-periferia não pode ser ignorada. Obrigado (a) amigo (a) pela observação.
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