Acredito que o ódio que uma pessoa sente é uma porta aberta para a compaixão como mecanismo de compensação. Faz parte da natureza humana. Para contemplar remorso é necessário vivenciar a ira. Quem ama sabe o significado da solidão.
Há, em nossa violência urbana, uma total indiferença de nossos algozes. Eles tiram a vida de alguém como se precisassem transpor uma pequena poça d’água para atravessar a rua ou como se trocassem um canal de televisão que não gostam, etc. Somos um simples obstáculo a ser removido para que eles tenham: Um carro, um celular, uma moto, um chinelo, etc.
Se fosse raiva, as vidas tiradas poderiam se transformar em redenção num momento de arrependimento. Mas como há uma total indiferença, as vidas tiradas (e as respectivas dores geradas por suas ausências) não significam nada agora e muito menos depois.
Prof Luciano Mannarino
[…] o corpo se torna objeto de consumo do espírito. A busca pelo prazer se torna visceral e […]
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