Após cada derrota, um batalhão de repórteres de campo corria em direção ao Edmundo porque sabiam que o folclórico temperamento intempestivo do jogador, vitaminado pelo sangue quente do jogo, garantiriam bombásticas declarações. A língua afiada não poupava ninguém: juiz, adversário, técnico, dirigentes, torcida e até colegas de time. Todos eram responsáveis pelo resultado. Não ficava pedra sobre pedra.
Me parece que Bolsonaro é o “Edmundo” da política, basta abrir o microfone que o furo da reportagem está garantido: racismo, misoginia, intolerância, violência etc. são despejados sem nenhum pudor. As declarações soam como um mantra para eleitores que acreditam que nossas mazelas são compreendidas com o fígado!
Porém, para boa parte dos indecisos que ainda se encontram circunspectos, elas levam um possível apoio ao limite.
Será que vale a pena? Se perguntam!
Luciano Mannarino.
#geoverdade